Joana.
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Tenho saudades... um sentimento permanente... constante... Sinto saudades de algo que não tenho... que nunca tive... e que provavelmente nunca terei. Tu comparavas a vida a uma estrada e como fazias sentido... A minha estrada é longa e contínua... mas não parece ter os altos e baixos que todas as outras estradas têm... A minha estrada é inerte, monótona, feita de alcatrão, moderna e antiquada, lisa e cansativa, escura... demasiadamente limpa e vazia de qualquer imperfeição... E só eu sei o quanto eu queria que esta estrada mudasse... que se tornasse numa antiga estrada romana... ou então naquela travessa tão antiga e imperfeita... com os seus altos e baixos... com as falhas que fazem com que todos os que passam por ela se sintam marcados (ainda que pelo seu lado negativo)... se sintam tocados... e cujas vidas mudam devido a ela...
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